quarta-feira, 9 de março de 2011

Di Cavalcanti

Arlequins - 1942/3
Óleo sobre tela - 63 X 58 cm
Repr. Livro " Di Cavalcanti" - Art Editora


Auto-retrato - 1943
Óleo sobre tela - 33,5 X 26 cm
Acervo particular

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di cavalcanti, foi um importante pintor, caricaturista e ilustrador brasileiro.
Biografia

- Di Cavalcanti nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1897.
- Desde jovem demonstrou grande interesse pela pintura. Com onze anos de idade teve aulas de pintura com o artista Gaspar Puga Garcia.
- Seu primeiro trabalho como caricaturista foi para a revista Fon-Fon, no ano de 1914.
- Participou do Primeiro Salão de Humoristas em 1916.
- Mudou para a cidade de São Paulo em 1917.
- Em 1917, fez a primeira exposição individual para a revista "A Cigarra".
- No ano de 1919, fez a ilustração do livro Carnaval de Manuel Bandeira.
- Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do catálogo.
- Em 1923, foi morar em Paris como correspondente internacional do jornal Correio da Manhã. Retornou para o Brasil dois anos depois e foi morar na cidade do Rio de Janeiro.
- Em 1926, fez a ilustração da capa do livro O Losango de Cáqui de Mário de Andrade. Neste mesmo ano participa como ilustrador e jornalista do jornal Diário da Noite.
- Em 1927, colaborou como desenhista no Teatro de Brinquedo.
- Em 1928, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil.
- Em 1934, foi morar na cidade de Recife.
- Morou na Europa novamente entre os anos de 1936 e 1940.
- Em 1937, recebeu medalha de ouro pela decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira.
- Em 1938, trabalhou na rádio francesa Diffusion Française.
- Em 1948, faz uma exposição individual de retrospectiva no IAB de São Paulo.
- Em 1953, foi premiado, junto com o pintor Alfredo Volpi, como melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo.
- Em 1955, publicou um livro de memórias com o título de Viagem de minha vida.
- Recebeu o primeiro prêmio, em 1956, na Mostra de Arte Sacra (Itália).
- Em 1958, pintou a Via-Sacra para a catedral de Brasília.
- Em 1971, ocorreu a retrospectiva da obra de Di Cavalcanti no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
- Morreu em 26 de outubro de 1976 na cidade do Rio de Janeiro.

Estilo artístico e temática

- Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas mexicanos (Diego Rivera, por exemplo).
- Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o samba. O cenário geográfico brasileiro também foi muitoi retratado em suas obras como, por exmeplo, as praias.
- Em suas obras são comuns os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc).
- Estética que abordava a sensualidade tropical do Brasil, enfatizando os diversos tipos femininos.
- Usou as cores do Brasil em suas obras, em conjunto com toques de sentimentos e expressões marcantes dos personagens retratados.

VER MAIS:

http://www.suapesquisa.com/biografias/di_cavalcanti.htm

http://www.dicavalcanti.art.br/dec40.htm

sábado, 20 de dezembro de 2008

BELMIRO DE ALMEIDA

Belmiro Barbosa de Almeida Júnior
Serra/MG, Brasil, 22/05/1858

Paris, França, 12/06/1935
Pintor, desenhista, caricaturista, mosaicista, restaurador e escultor.
Assinava BEL, ROMIBEL (caricaturas) e BELMIRO (óleos e desenhos).



Nota Biográfica

Começa seus estudos artísticos em 1869, com apenas 19 anos, ao estudar no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, de onde sai em 1874 para ingressar na Academia Imperial de Belas-Artes, onde estuda com mestres do porte de Agostinho José da Mota, Zeferino da Costa, Francisco de Souza Lobo e José Maria de Medeiros, formando-se em 1877.
Aluno distintíssimo, revela-se desenhista de primeira ordem e fino colorista. No conturbado ambiente que se forma na Academia Imperial de Belas-Artes entre acadêmicos e modernistas, Belmiro forma neste último grupo, rebelando-se contra o defasado sistema de ensino vigente. Entre os dissidentes, estão: Eliseu Visconti, Rafael Frederico, Décio Villares, Fiúza Guimarães e outros. A partir desse mesmo ano, a Comédia Popular publica sua primeira caricatura, assinada Bel.
Ao longo de toda a sua vida, colaboraria como caricaturista nos periódicos cariocas O Mercúrio, O Binóculo, O Malho, Fon-Fon, Cigarra, Comédia Popular, A Bruxa, Almanaque da Noite, Gazeta de Notícias, D.Quixote; chegaria mesmo a colaborar com brilho no Assiette au Beurre, de Paris. Na caricatura, Belmiro manifesta interesse por temas sociais, representa os contratempos do cotidiano, no trabalho e no lazer, em charges cáusticas. Além de desenhista, seria editor das revistas e Fon-Fon, Diabo a Quatro, Rataplan e João Minhoca. Em 1878 freqüenta as aulas de Henrique Bernardelli e Rodolfo Amoedo, entre outros, no Ateliê Livre/RJ, instalado num barracão que ficava no Largo de São Francisco/RJ, onde se praticava um ensino alternativo ao da Academia Imperial. Nesse mesmo ano, assinaria suas caricaturas como Bromeli e Romibel. A atividade prolífica de Belmiro na imprensa, entretanto, sacrifica sua produção de pintor. Em 1879, é contratado para ser professor de desenho no Liceu de Artes e Ofícios/RJ, cargo que exerceria até 1882. Em 1883, é nomeado conservador da Pinacoteca da Academia Imperial de Belas-Artes (ancestral do Museu Nacional de Belas-Artes), passando a cuidar de manter e restaurar o acervo daquela instituição. Em 1884 conquista a Medalha de Ouro de Segunda Classe no Salão Nacional de Belas-Artes, credenciando-se para concorrer ao Prêmio Viagem ao Exterior.
Faz primeira viagem a Paris em 1884, por sua própria conta. Na França, Édouard Manet (1832-1883) e Edgar Degas (1834-1917) na pintura, e Gustave Flaubert (1821-1880) e Émile Zola (1840-1902) na literatura, revolucionam o cenário artístico. No lugar certo e na hora certa, Belmiro vivencia um dos grandes momentos culturais da história. A viagem é curta, dura apenas um ano, mas Jules Lefèfre, seu mestre francês, exerce grande influência em seu estilo, o que se pode atestar no corpo de adolescentes pintados por Belmiro: “têm a mesma linearidade e sensualidade do autor de La Verité”, ensina José Roberto Teixeira Leite. Retorna ao Rio de Janeiro em 1885 e funda seu próprio jornal, o Rataplan, em 1886. Nesta época, próxima á proclamação da República, só se aceitava a pintura que contivesse fortes laços conservadores sustentados por velhos mestres da Academia brasileira. É quando surge uma geração rebelde, disposta a quebrar velhos conceitos e abrir caminhos mais animadores para a arte nacional. E nela, embalado, Belmiro pinta e expõe Arrufos em 1887 na Casa de Wilde/RJ e na Academia Imperial de Belas-Artes, uma de suas obras mais conhecidas, que se destaca pela rigorosa fatura e pelo tom de leve ironia com o qual a cena é retratada.
É uma cena doméstica da vida burguesa, tema originalíssimo para a época, sendo considerada por Gonzaga Duque, em seu livro Arte Brasileira, como a mais importante produzida no Rio de Janeiro até então – o crítico, aliás, serviu de modelo para a figura masculina da composição. Em retribuição à graça, Gonzaga Duque retrataria Belmiro no personagem “Agrário”, que povoaria o romance Mocidade Morta, lançado em 1899. Em 1887, ao avaliar Arrufos, Gonzaga Duque, que conhecia Belmiro desde moço, traça um ótimo perfil de sua personalidade: “É um mineiro que possui a verve, a sagacidade de um parisiense bulevardeiro. Na rua, de pé sobre a soleira de uma porta, no Café Inglês ou na Casa de Havanesa, o seu tipo pequeno, forte e buliçoso, destaca-se da multidão. Quando solteiro, foi um boêmio desregrado, um perfeito tipo à Murger. Entre camaradas, na Rua do Ouvidor, com o narizinho arrebitado e atrevido farejando pacatos burgueses para lhes agarrar o ridículo, tinha na cabeça um cento de assuntos para pintar em casa e um cento de quadros para concluir.
A sua predileta musa era a que inspirou e imortalizou Daumier e Gavani, e, a bem da verdade, deve-se dizer que, depois de Burgomainerio e Bordalo Pinheiro, ninguém tem feito no Brasil, melhores caricaturas. Só depois de casado e depois de viajado, depois de ter visto de perto quanto trabalho e quanta dedicação são precisos para o artista conquistar um nome foi que ele abandonou a boemia, de uma vez para sempre. A única coisa que ele jamais abandonará é a toilette. O vestuário é para Belmiro de Almeida o que foi para Honoré de Balzac e para Alfonse Karr, o que é para Daudet e para Carolus-Duran, o que é para Leon Bonnat e Rochegrosse; uma feição artística, um sintoma de bom gosto e de asseio, ou, como lhe chama o mestre, Sr. Ramalho Ortigão, a expressão gráfica, pessoal de uma filosofia”. Em 1888, concorre ao Prêmio Viagem ao Exterior, mas quem vence é Oscar Pereira da Silva. Por julgar o resultado injusto, Rodolpho Bernardelli e Rodolfo Amoedo interferem no assunto abrindo subscrição pública para subvencionar uma viagem ao exterior a Belmiro, jovem no qual os mestres acreditam ter uma decidida vocação.
Parte no mesmo ano para Paris, onde estuda pintura com o conceituado Jules Joseph Lefebvre (1836-1912), mestre de um academismo eclético bem aceito por mecenas conservadores, e com Benjamim Constant et Pelez, aproximando-se das vertentes pós-impressionistas. A partir desta primeira viagem, o artista alternará sua carreira entre Rio de Janeiro e Paris, “aqui cavaqueando sempre, trabalhando às vezes, e obtendo encomendas; lá produzindo obras mais sérias, aprimorando a técnica, aguçando o espírito”, como diz Celso Kelly. Retorna em 1889 e em 1890, estuda no Ateliê Livre/RJ, que funciona num barracão instalado no Largo de São Francisco/RJ, nos moldes da Academie Julien, de Paris; era um ensinamento alternativo, contrapondo-se ao rigor acadêmico da “recém antiga” Academia Imperial.
Aqui e nesse mesmo ano, Belmiro apresenta sua primeira individual. Em 1891, pinta Apoteose ao 15 de Novembro, por encomenda da Intendência Municipal/RJ, “deixando perceber não ser a pintura histórica o seu gênero de predileção”, como observa José Roberto Teixeira Leite em seu Dicionário Crítico. Na segunda viagem à Europa, Belmiro inicialmente decide ir para Roma, onde, em 1892, produz as primeiras pinturas pontilhistas, entre elas Efeitos de Sol, desse mesmo ano, que traz a evocação de um mundo camponês, com uma paisagem estruturada em manchas de cor que se destaca pelo caráter inovador, se comparado com a pintura que então se praticava no Brasil. Entretanto, está firmemente decidido a fixar-se em Paris e para lá segue. Estuda na École National Superieur des Beaux-Arts, onde conhece Georges Seurat (1859-1891), e na Académie Julien. O Impressionismo está em decadência e já despontam pós-impressionistas de peso, como Gauguin, van Gogh e Cézanne. Concorre nos salões da moda e apresenta individuais. Distanciado da modorra conservadora tupiniquim, Belmiro desprende-se das amarras acadêmicas de Lefèbvre e revela tendência ao Realismo, embora também flerte com o Pontilhismo e o Impressionismo. Será um dos mais singulares desses jovens revolucionários, por sua disposição em enfrentar e contestar velhas fórmulas – tarefa talvez até facilitada por sua carreira de caricaturista. Em seus temas, dá ênfase para tipos e cenas de gênero, uma inovação para a época. Como pessoa Belmiro é brincalhão. Não dispensa uma existência bem humorada e dispersa suas energias em uma vida boêmia que lhe toma tempo e atenção. Rebelde e persistente, forma uma personalidade pela qual todos têm enorme admiração, o que lhe traz muitos problemas.
Chega mesmo a ser até ferino com seus adversários e acaba por superar problemas causados pelos conservadores de plantão, que não admitiam a “audácia” de novas expressões. A ausência de respaldo para as novas tendências da arte, entretanto, leva-o a não abandonar definitivamente os trabalhos mais conservadores, capazes de garantir-lhe a sobrevivência. Em 1893, é nomeado professor interino de Desenho na Escola Nacional de Belas-Artes, em substituição a Pedro Weingärtner. Nesse mesmo ano, pinta A Tagarela, uma personagem popular, no qual destaca-se o domínio no uso da linha, que estrutura a composição, e o cuidadoso trabalho com a cor. Em 1894 é suspenso de lecionar na Escola por desacato ao diretor Rodolfo Amoedo, o que culminaria com seu pedido de demissão em 1896.
Apesar de sua inclinação modernista quanto a temas, pinta duas composições clássicas: em 1899, executa Os Descobridores, na qual fixa o drama dos degredados deixados por Cabral no Brasil - dois pobres homens, exaustos, ao pé de uma árvore desfolhada. A paisagem é totalmente árida e desolada, transmitindo a sensação de abandono, reforçada pelo tratamento cromático, uma luminosidade que se espalha uniformemente pela superfície. Belmiro recusa-se a dar monumentalidade à obra, mas lhe confere uma concepção e um tratamento plástico muito originais; Assinatura do Tratado de Versalhes pelos plenipotenciários brasileiros Pandiá Calógeras, Rodrigo Otávio e Raul Fernandes; e uma de tema religioso, Flagelação de Cristo, que está na Ordem Terceira de São Francisco da Penitência/RJ. Também executa, por encomenda do governo francês, uma composição inspirada na revolução de 1789, na qual, para fazer graça, retrata, entre os revolucionários que integram a composição, alguns amigos que estavam de passagem por Paris, como o poeta José Albano, o caricaturista Luiz Peixoto e o dublê de pintor e diplomata Navarro da Costa. Em 1900, pinta Retrato de Abigail Seabra, na técnica pontilhista e em 1901 funda e edita o jornal João Minhoca. Por volta de 1905, pinta o célebre Dame à la Rose, que hoje está no Museu Nacional de Belas-Artes, uma jóia composta no mais puro estilo fin-de-siécle, muito distante dos retratos acadêmicos da época.
Quirino Campofiorito, na sua História da Pintura Brasileira no Século XIX, registra uma interessante passagem sobre a famosa tela: dizem que o bem humorado pintor Hélios Seelinger, caminhando em Paris, cruzou com a graciosa figura que servira de modelo a Belmiro: ela estava tão gorda, mas tão gorda, que doravante só poderia posar para um Dame au chou-fleur. Em 1906, executa painéis para o edifício da Caixa de Amortização/RJ, expõe Dame à la Rose no Salão Nacional de Belas-Artes/RJ e Amuada no Rio e teria um Nu recusado no Salon de Paris, sob alegação de imoral. Em 1909 executa a tela Bárbara Heliodora para o Salão Nobre do Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. Na escultura – atividade à qual pouco se dedica e que não tem grande importância em sua obra – cria em 1911 uma réplica livre da escultura-fonte Maneken-Piss [um menino nu, urinando ininterruptamente, famoso original de 1619 instalado numa esquina de Bruxelas], fundida em bronze e que ficou conhecida no Rio de Janeiro como Manequinho. Por muitos anos esta bem humorada peça encantou o povo do Rio de Janeiro: esteve instalada na Cinelândia, depois foi transferida para o Largo do Mourisco, onde o clube de futebol Botafogo a adotou como mascote do time, até que foi roubada no final da década dos 1980 [foi refeita algum tempo depois] – toda segunda-feira o menino aparecia vestido com a camisa do time de futebol carioca vencedor do fim de semana. De temperamento rebelde e irreverente, Belmiro de Almeida é visto como um inovador por muitos historiadores da arte, um artista que escapa aos rígidos padrões estéticos acadêmicos que norteavam a pintura do final do século passado. Suas constantes idas a Paris têm como resultado uma rica e inovadora bagagem artística. Em certa medida, Belmiro de Almeida faz com que a pintura brasileira adentre o século XX.
A partir de 1913 e 1914, passa a integrar o júri de seleção e premiação das Exposições Gerais de Belas-Artes/RJ. Em 1915, é presidente da Comissão Diretora da XXII Exposição Geral de Belas-Artes/RJ e, entre 1915 e 1925, é membro do Conselho Superior de Belas-Artes. Em 1916, depois que Rodolfo Amoedo deixa a diretoria da Escola, Belmiro assume por contrato a cátedra de Desenho de Modelo Vivo da Escola Nacional de Belas-Artes. Participa do concurso oficial para provimento dessa cátedra, mas perde para Fiúza Guimarães e abandona o ministério definitivamente – embora fosse um rendimento certo e desejável na época, nunca teve maior inclinação para professor. Nesse mesmo ano cria no Rio de Janeiro, com J. Carlos, Kalixto Cordeiro e Raul Pederneiras, o Salão dos Humoristas, que faz sua primeira exposição no Liceu de Artes e Ofícios/RJ, no qual estréia Di Cavalcanti, com apenas 19 anos de idade. Encerrada a I Guerra Mundial, vai fixar-se definitivamente em Paris, onde permaneceria pelo resto de seus dias, com fugazes estadas no Brasil. Em 1919, pinta Dampierre na técnica pontilhista com pinceladas curtas valorizando os tons, mas obedecendo à orientação dos planos. Flerta com o Futurismo quando já veterano, em 1921, como se vê em sua tela Mulher em Círculos. Em 1923, torna-se membro da Societé des Artistes Français e ainda aparece no catálogo da Pinacoteca Nacional de Belas-Artes.
Em 1925 cria o projeto para o túmulo do presidente Afonso Pena no Cemitério São João Batista/RJ, para o qual executa sua segunda escultura: Figura de Mulher. Em 1930, em um de seus momentos no Brasil, funda, com outros participantes, o Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro, do qual foi seu primeiro presidente. Afasta-se do cargo logo depois, em vista de seu retorno à Europa que não mais deixaria até sua morte, em 1935. Belmiro sempre se preocupou com seu futuro, razão pela qual delegara ao seu amigo Antônio Ribeiro Seabra, dublê de atento negociante e mecenas, a administração de suas economias, levando-o a prosperar. Ao morrer, deixa para a Escola Nacional de Belas-Artes parte de seus bens, com instruções para que sejam destinados ao amparo de alunos sem recursos. Espírito aberto, como se deve ser em arte, Belmiro sempre vivenciou novas técnicas, a elas acrescentando sua interpretação pessoal e sua maestria na fatura. Incursiona pelo Barroco, associado ao Neoclássico e ao Romantismo, no óleo A má notícia, de 1897; pelo Academismo, nos primeiros tempos; pelo Impressionismo; pelo Pós-Impressionismo, quando estuda pintura com Jules Lefèbvre e com Benjamim Constant et Pelez em Paris; pelo Pontilhismo, absorvido na convivência com Seurat – suas primeiras obras pontilhistas são pintadas em Roma, em 1892; pela Art Nouveau; e pelo Realismo burguês, praticado na França depois do advento do Realismo Social, quando os artistas fixam cenas do cotidiano da classe média, como no caso de Arrufos, de Belmiro, e no de O Descanso do Modelo, de Almeida Júnior. Vários críticos, entre eles Paulo Herkenhoff, defendem que a Arte Moderna começou no Brasil bem antes de 1922, com Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti e Timótheo da Costa. Belmiro de Almeida está entre os artistas brasileiros mais importantes do início do século XX.

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Aldir Mendes


Aldir Mendes de Sousa
São Paulo/SP, Brasil, 17/05/1941
São Paulo/SP, Brasil, 12/02/2007
Pintor, desenhista, gravador, escultor, objetista e cineasta.
Assinava ALDIR.

Nota Biográfica

Na primeira metade dos anos 1960, estuda Pintura e Desenho Artístico com Nair Mendes e estréia em 1962 no I Salão do Trabalho na Galeria das Folhas em São Paulo/SP. Forma-se Médico em 1964 pela Escola Paulista de Medicina em São Paulo e especializa-se em Cirurgia Plástica no Hospital das Clinicas em 1967. Autodidata em artes, desenvolve trabalhos nas áreas de pintura, desenho, gravura, escultura e cinema. Inicialmente, demonstra que “a radiologia abre novas possibilidades para a Arte, permitindo combinar a imagem externa com a estrutura interior”. A partir de 1969 elege o cafeeiro como símbolo da natureza e o representa como uma figura circular de contornos sinuosos. Do cafeeiro surge o cafezal, formado pela disposição regular do arbusto em fileiras. A seriação da figura leva-o à perspectiva e suas sínteses formais, à geometrização. Nos anos 1970 desenvolve extensa obra, com referência ao campo e à cidade, culminando em 1979 com uma exposição baseada na arquitetura, quando explora o formato retangular das janelas.
Em 1980, desenvolve uma série de pinturas abstratas geométricas a partir da figura do retângulo. Em 1982, comemora 20 anos de pintura apresentando individual no Museu de Arte Brasileira em São Paulo/SP, ocasião em que é lançado o livro Aldir, Geometria da Cor, uma síntese da sua pintura abstrata dos anos 1980 e da paisagem rural. Na época, seu tema é Cidade x Campo, apresentando formas despojadas, ainda sob os efeitos dos trabalhos abstratos. Em 1985, apresenta Geometria, uma síntese da pintura abstrata de 1980 e da paisagem rural. Utiliza, a partir de então, o retângulo em perspectiva obliqua como símbolo e elimina a linha do horizonte de suas paisagens. Propõe a horizontalização da pintura em 1987 e possibilita ao observador uma visão em cima das obras. Sobre a sintetização da paisagem, explica: “As paisagens que eu invento talvez não existam, mas são mais verdadeiras do que a própria realidade”. Em 1998, produz uma série de pinturas denominadas Arco-Íris com cores claras e aéreas, e re-introduz a linha do horizonte no conjunto das paisagens rurais. Em 1999, apresenta a série Quartetos. Desde que decidiu trilhar o caminho das artes plásticas, Aldir sempre pesquisou as mais diversas áreas possíveis, em busca de acrescentar algo mais ao seu universo imaginário. “Estudei a estruturação de formas no concreto armado, criando verdadeiras paisagens coloridas para pisos e paredes, numa técnica inovadora”, conta o artista.
De fato, Aldir faz grandes murais nos quais utiliza pigmentos com alto poder de coloração em base de concreto e, com esse tipo de material, transpõe suas pinturas horizontalmente. É a maneira que o artista encontra para retirar a paisagem da parede, trocando a tela pelo cimento, inventando pisos cromáticos e poéticos. A técnica utilizada para essas obras é simples para quem domina o assunto: trata-se de aplicar cor ao concreto e, através dessa massa diferenciada, criar espaços geometrizados. O cinza frio e neutro é substituído por intenso jogo de cores e formas. “Eu não queria ficar mais só em telas e acabei levando meu trabalho para o chão. É uma experiência fantástica porque se você olhar bem do alto, poderá imaginar que está sobrevoando a paisagem”, define o artista. Sobre sua exposição Pinturas para Pisar em 2001 na Pinacoteca do Estado de São Paulo, esclarece: “Ao observar dois quadros que ficaram ocasionalmente lado a lado no chão do ateliê, percebi que o desenho de um deles se ligava ao outro. Passei, então, a colocar vários quadros enfileirados e novos jogos ópticos imprevisíveis foram surgindo. Depois de pesquisar a melhor maneira para agrupar os conjuntos de pinturas, concluí que a formação mais adequada era a de quadros que, colocados em convergência de seus pontos de fuga, criavam novos centros ópticos e novas trajetórias cromáticas.
Planejando os quartetos, consegui resultados inesperados. Fiquei surpreso com o conjunto porque pictoricamente era mais criativo que seus componentes, comprovando a teoria da gestalt, de que o todo é mais do que a soma das partes. A trajetória da primeira cor cria o desenho, as cores complementares são aplicadas a seguir, tendo como objetivo a criação de contrastes cromáticos. O propósito é seguir o que Goethe pregou: ‘Não existe na natureza nenhum fenômeno que englobe a totalidade cromática; portanto, a mais bela harmonia é o diagrama cromático produzido pelo homem’. É lógico que a idéia de se colocar muitas cores na pintura é uma pretensão ousada, mas esta é a proposta da minha pesquisa”. Posteriormente, desenvolve quatro pinturas em peça única, trabalhando em fibra de madeira. Depois de seca, a obra é revestida com plástico transparente, permitindo que o público ande descalço sobre ela, sentindo o trabalho com os pés. Com o desenvolvimento do projeto Pinturas para Pisar, ocorre a idéia de criar um balé performático inspirado no tema. As imagens das paisagens aéreas são projetadas no corpo, em objetos e em tecidos brancos apresentados e sustentados por bailarinas que dançam ao som de poemas concretistas declamados e musicados. Assim, surge uma nova forma escultórica, com a integração da dança, música, poesia escultura e pintura, servindo esta última como base e motivação inspiradora da performance.
A “pintura para pisar” possibilita ao público ter novas experiências sensoriais, mas jamais substituirá a “pintura para ver”, que também será mostrada em composições de oito quadros montados na posição vertical. Na manhã de 12 de fevereiro de 2006, após 15 meses de luta contra a leucemia, o artista vem a falecer precocemente, aos 65 anos de idade, no Hospital Oswaldo Cruz em São Paulo/SP.

VER MAIS:

http://www.juliolouzada.com.br/pg_exponline.asp?n=6

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Candido Portinari

O Mestiço, Pintura a Óleo/Tela,1934

À cento e cinco anos veio ao mundo um dos maiores pintores que o Brasil já teve e pôde reverenciar. No dia 30 de dezembro de 1903 nasceu Candido Portinari, filho de imigrantes italianos que haviam se estabelecido no país há pouco tempo, fixando residência no interior paulista, num vilarejo que mais tarde iria se transformar em cidade e se chamar Brodósqui.

No início do século passado, Brodósqui, assim como boa parte do estado de São Paulo, tinha no café sua força econômica. Sendo assim, enormes fazendas rodeavam o lugar, acompanhadas de poucas casas brancas e de uma igreja. Passavam ali vários retirantes vindos do Nordeste, exaustos e famintos, caminhando há meses em busca de melhores condições de vida. E foi nesse ambiente de contrastes, pobreza e injustiça social que “Candinho”, como era conhecido na infância, recebeu a influência para as temáticas de suas futuras telas.

Foi na igreja que Portinari mostrou pela primeira vez sua afinidade com a arte. O vigário local desejava encomendar uma porteira e o responsável não conseguia entender como deveria ser feito o serviço. Nisso, o menino Candinho pegou lápis e papel e desenhou a porteira. Na mesma hora o vigário, impressionado, pediu-lhe que acompanhasse um frentista francês que estava a caminho de Brodósqui para ornamentar a fachada da paróquia. Era o início, mas o garoto precisaria rumar para o Rio de Janeiro para aprender as técnicas da pintura.


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terça-feira, 23 de setembro de 2008

DADAÍSMO



Formado em 1916 em Zurique por jovens franceses e alemães que, se tivessem permanecido em seus respectivos países, teriam sido convocados para o serviço militar, o Dada foi um movimento de negação. Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades, exilados na Suíça, eram contrários ao envolvimento dos seus próprios países na guerra.
Fundaram um movimento literário para expressar suas decepções em relação a incapacidade da ciências, religião, filosofia que se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa. A palavra Dada foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e por Tzara Tristan num dicionário alemão-francês. Dada é uma palavra francesa que significa na linguagem infantil "cavalo de pau". Esse nome escolhido não fazia sentido, assim como a arte que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da guerra.
Sua proposta é que a arte ficasse solta das amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, selecionado e combinando elementos por acaso. Sendo a negação total da cultura, o Dadaísmo defende o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente , firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a guerra.
Ready-Made significa confeccionado, pronto. Expressão criada em 1913 pelo artista francês Marcel Duchamp para designar qualquer objeto manufaturado de consumo popular, tratado como objeto de arte por opção do artista.
O fim do Dada como atividade de grupo ocorreu por volta de 1921.

Principais artistas:

Marcel Duchamp (1887-1968), pintor e escultor francês, sua arte abriu caminho para movimentos como a pop art e a op art das décadas de 1950 e 1960. Reinterpretou o cubismo a sua maneira, interessando-se pelo movimento das formas.O experimentalismo e a provocação o conduziram a idéias radicais em arte, antes do surgimento do grupo Dada (Zurique, 1916). Criou os ready-mades, objetos escolhidos ao acaso, e que, após leve intervenção e receberem um título, adquiriam a condição de objeto de arte.Em 1917 foi rejeitado ao enviar a uma mostra um urinol de louça que chamou de "Fonte". Depois fez interferências (pintou bigodes na Mona Lisa, para demonstrar seu desprezo pela arte tradicional), inventou mecanismos ópticos.

François Picabia (1879-1953), pintor e escritor francês. Envolveu-se sucessivamente com os principais movimentos estéticos do início do século XX, como cubismo, surrealismo e dadaísmo. Colaborou com Tristan Tzara na revista Dada. Suas primeiras pinturas cubistas, eram mais próximas de Léger do que de Picasso, são exuberantes nas cores e sugerem formas metálicas que se encaixam umas nas outras. Formas e cores tornaram-se a seguir mais discretas, até que por volta de 1916 o artista se concentrou nos engenhos mecânicos do dadaísmo, de índole satírica. Depois de 1927, abandonou a abstração pura que praticara por anos e criou pinturas baseadas na figura humana, com a superposição de formas lineares e transparentes.

Max Ernest (1891-1976), pintor alemão, adepto do irracional e do onírico e do inconsciente, esteve envolvido em outros movimentos artísticos, criando técnicas em pintura e escultura. No Dadaímo contribuiu com colagens e fotomontagens, composições que sugerem a múltipla identidade dos objetos por ele escolhidos para tema. Inventou técnicas como a decalcomania e o frottage, que consiste em aplicar uma folha de papel sobre uma superfície rugosa, como a madeira de veios salientes, e esfregar um lápis de cor ou grafita, de modo que o papel adquira o aspecto da superfície posta debaixo dele. Como o artista não tinha controle sobre o quadro que estava criando, o frottage também era considerado um método que dava acesso ao inconsciente.

Man Ray (1890-1976), fotógrafo e pintor norte-americano, em 1915 conhece o pintor francês Marcel Duchamp, com quem funda o grupo dadá nova-iorquino. Em 1921 contata com o movimento surrealista na pintura. Trabalha como fotógrafo para financiar a pintura e, com a nova atividade, desenvolve a sua arte, a raiografia, ou fotograma, criando imagens abstratas (obtidas sem o auxílio da câmara) mas com a exposição à luz de objetos previamente dispersos sobre o papel fotográfico.

Acessar os links abaixo para obter mais informações sobre o Dadaísmo.

http://www.arteeeducacao.net/historia/Dadaismo/texto.htm

http://www.pitoresco.com.br/art_data/dadaismo/index.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dada%C3%ADsmo

http://www.sitesnobrasil.com/categorias/artesecultura/historia_arte/dadaismo_surrealismo.htm

PÓS-IMPRESSIONISMO

Matéria de Valéria Peixoto de Alencar - historiadora formada pela USP cursando o mestrado em Artes no Instituto de Artes da Unesp
“Natureza morta com Prato com Cerejas", de Cézanne (1885-1887).
Foram chamados pós-impressionistas alguns artistas que não mais seguiam os preceitos originais do impressionismo. Para eles, o impressionismo era superficial e retratava apenas cenas passageiras, sem dar muita importância nem aos sentimentos, nem aos acontecimentos políticos e sociais. Outros ainda sentiam-se insatisfeitos e limitados com a técnica impressionista.

Nesse contexto, diversas tendências surgiram na pintura do fim do século 19 e início do século 20.

Alguns artistas pós-impressionistas
Paul Cézanne (1839-1906)

Foi um dos maiores intérpretes do impressionismo e da reação contra esse movimento. Segundo suas próprias palavras, "pintar não é meramente copiar o objeto". Seus quadros eram construções da natureza, um objeto em si.Ele estudava as formas geométricas. Com o tempo abandonou as idéias de representar o movimento (característica do impressionismo) e resolveu reconstruir a sensação da estrutura, densidade e peso dos objetos. Tentava simplificar as formas da natureza e reduzi-las a cilindros, esferas e cones. Via uma árvore, por exemplo, como um grande cilindro (tronco) e uma elipse (copa)."Natureza-morta com prato com cerejas" (acima, à direita) era um dos favoritos de Cézanne. É o resultado de muitos ensaios e estudos seus, realizados pelo artista contra as regras acadêmicas. Destaque para a disposição do prato com cerejas em relação ao restante da composição.Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva. Também introduziu em suas obras distorções e alterações de ponto de vista, em benefício da composição ou para ressaltar o volume e o peso dos objetos. Tudo isso, mais a idéia de simplificação das formas já comentada, irá dar origem, no século 20, ao cubismo de Picasso e Braque.

Georges Seurat (1859-1891)

Ao utilizar cores puras (em vez de misturá-las), aplicou-as diretamente na tela, ele resolveu agrupar as pinceladas em formas de pontos. A técnica também foi muito utilizada pelo pintor francês Paul Signac.

Vincent van Gogh (1853-1890)

Considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, foi marginalizado pela sociedade durante sua vida. "Falhou" em todos os aspectos considerados importantes para a sociedade de sua época: não constituiu família, não conseguia custear a sua própria subsistência, sucumbiu a uma doença mental.Tinha personalidade intrigante. Oscilava entre a alegria e a tristeza, a esperança e o desespero, o amor e o ódio. Vivia uma dualidade emocional. Pintar passou a ser seu refúgio. Utilizava cores fortes para expressar seus sentimentos. Van Gogh dizia: "Pinto o que sinto e não apenas o que vejo".Ficou famoso depois da sua morte, especialmente após a exibição de 71 de suas obras em Paris, em 1901.Sua influência no expressionismo, no fovismo e no abstracionismo foi notória. Suas influências podem ser reconhecidas em variadas frentes da arte do século 20. O artista foi pioneiro ao relacionar tendências impressionistas com as aspirações modernistas.

Washington Maguetas

Oléo sobre tela- A Dama e a Rosa- Washington Maguetas

Washington Maguetas é um artista que desde cedo desempenhou papel definido no ofício das Belas Artes, tendo seu trabalho baseado no aprendizado pela observação e prática. São mais de 50 anos de vivência artística, que lhe conferem a condição de Mestre. Nascido em 05/julho/1942, em Taquaritinga (SP), Maguetas tornou-se professor de desenho e pintura desde 1960. Sua principal atividade sempre foi a pintura, também tendo criado músicas (letras e melodias), esculturas e poesias.
A arte de Maguetas é intimamente ligada à história do impressionismo no Brasil e no mundo. Passou uma grande parte de sua vida na busca árdua da cor, da harmonia, da sombra e da forma perfeita.
O impressionismo surgiu espontaneamente, porque veio da necessidade de reproduzir os momentos rapidamente, conservando a luz natural em cada cena. As cores, tons e luzes são brasileiras, assim como a maior parte das paisagens, classificando seu trabalho como um "Impressionismo Tropical".

Clikar nos links abaixo, para conhecer as principais Obras e Biografia de Washington Maguetas

http://www.maguetas.com.br/galeria1.php

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IMPRESSIONISMO


O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

Principais características da pintura:

* A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
* As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
* As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
* Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
* As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.
A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.

Principais artistas:


Claude Monet - incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia, afim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade. Obras Destacadas: Mulheres no Jardim, As Amapolas e a Catedral de Rouen em Pleno Sol.

Edgar Degas - sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, aprender um momento do movimento de um corpo (Óleo sobre tela-Bailarina diante da janela) ou da expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados. Obra Destacada: O Ensaio.

Seurat - Mestre no pontilhismo. Obra Destacada: Tarde de Domingo na Ilha Grande Jatte. Obra a retratar o dia-a-dia: Banhistas de Asniers.

Auguste Renoir - foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, as composições com personagens do cotidiano, os retratos e as naturezas mortas. Obras Destacadas: Baile do Moulin de la Galette e La Grenouillière.
No Brasil, destaca-se o pintor Eliseu Visconti, ele já não se preocupa mais em imitar modelos clássicos; procura, decididamente, registrar os efeitos da luz solar nos objetivos e seres humanos que retrata em suas telas. Ganhou uma viagem à Europa, onde teve contato com a obra dos impressionistas. A influência que recebeu desses artistas foi tão grande que ele é considerado o maior representante dessa tendência na pintura brasileira. Obra destacadas são: Trigal, e Maternidade.

domingo, 21 de setembro de 2008

TARSILA DO AMARAL

Estrada de Ferro Central do Brasil, 1924
Óleo s/ tela, 142 x 100,2 cm
Quadro ícone do Manifesto e Movimento Pau-Brasil, esta obra evidencia bem o contraste das paisagens rurais e estradas de ferro da emergente São Paulo industrial; mescla profunda entre a herança dos cenários abertos da fazenda e o futuro das cidades modernas.
Uma das principais conquistas estéticas e intelectuais do modernismo, em um segundo momento, quando existe uma busca as fontes brasileiras e uma problematização da realidade nacional, formalizada na problemática conciliação entre a roça e a cidade, o atraso e o progresso; assim vemos o passado barroco das igrejas e a religiosidade popular contrastarem com a ponte ferroviária, as sinaleiras, ou os postes de energia elétrica, marcos da modernidade e do progresso. Da mesma forma que a rigidez das linhas das construções contrastam com a paisagem de vegetação tropical, de formas arredondadas.
Nesta grande tela, de composição geometrizada ao máximo mas sem detrimento das figuras, com planos bem definidos e linhas simplificadas; a artista põe a mostra o que aprendera em seu 'serviço militar do cubismo' nos ateliês de Lhote, Gleizes e Léger, artistas que haviam se afastado do austero e cerebral cubismo de Picasso e Braque. Traço constante de sua obra, a presença da busca de uma cor verdadeiramente brasileira ou caipira : rosa e azul claros, ou o verde e amarelo do nosso colorido tropical, a cor é um dos elementos mais valorizados em sua composição.

A Negra, 1923 - Óleo s/ tela, 100 x 81,3 cm
Pintura precursora do Movimento Antropofágico que só aconteceria em 1928. Esta figura de uma mulher nua, de grossos lábios, tendo a frente um seio pesado e pendente, sentada, de braços e pernas grossos e toscos, tem a aparência imóvel, como de uma imagem evocada ou de uma aparição saída de um flash de memória do passado. Como imagem é uma presença, como evocação está inerte, como um ser à espreita.
Segundo um depoimento da própria artista, a imagem desta negra é fruto das histórias contadas pelas mucamas da fazenda em sua infância. Falavam de coisas que impressionaram a menina Tarsila, como o caso das escravas dedicadas a trabalhar nas plantações de café, e que impedidas de suspender o trabalho, amarravam pedrinhas nos bicos dos seios, para que estes, desta forma alongados, pudessem ser colocados por sobre os ombros, a fim de poder amamentar seus filhos, que carregavam as costas.
Atrás da figura a artistas dispõe uma folha de bananeira, em diagonal semi-curvada. É um marco ou portal que entrelaça na composição a figura da negra, à frente, do imaginário brasileiro, com a parte do fundo, relacionada à disciplina construtiva cubista. De fato, o fundo da tela constitui-se em um exercício construtivo de formas-cores, que se desdobram em faixas na superfície, como uma trama bidimensional. Desta maneira, articula ou combina a estrutura autônoma do espaço pictórico com a composição figurativa. Esta obra já é um hibridismo entre os valores da terra e a atualização da linguagem plástica, proclamados pelos modernistas da Semana de 22.

Floresta, 1929 - Óleo s/ tela, 63, 9 x 76,2 cm

Da mesma linhagem da tela Abaporu, 1928 ( col. E. Constantini ), pintura que desencadeou o Movimento Antropofágico, como a culminância do processo diferenciado da Modernidade Brasileira. Resultante da liberdade de emanação do imaginário, da subjetividade aberta que a pintura de Tarsila encarnava e mesmo liderava., as pinturas desta época estabelecem relações deste movimento da Antropofagia com o surrealismo histórico, sendo enytendida por Breton como uma emanação do surrealismo eterno, tão aflorante na América Latina.
Em Floresta, a artista dá-nos a conhecer uma paisagem de encantamento; sob arvoredo fantástico repousam formas ovóides de matizes arroxeados, parecendo estar em transmutação. Nesta imagem misteriosa da floresta, de cores irreais, aparecem um universo de formas originais, de seres, primaciais, latentes de vida, em relação aos quais as árvores se encurvam como a oferecer uma maternal proteção.

Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e adolescência...

PARA VER MAIS SOBRE TARSILA DO AMARAL ACESSAR O LINK:

http://www.tarsiladoamaral.com.br/biografia.htm

sábado, 20 de setembro de 2008

Outras Correntes de Artes Plásticas

Arte Moderna : modernismo na 1ª metade do século XXO marco desta época foi a Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo, em fevereiro de 1922. Nesta semana, vários artistas comprometidos em mudar a cara da arte nacional se apresentaram e chocaram a sociedade. Quebraram com os padrões europeus e buscaram valorizar a identidade nacional e uma arte, cujo cenário de fundo, eram as paisagens brasileiras e o povo brasileiro. Inovaram e romperam com o tradicional. O modernismo preocupou-se muito a parte social do Brasil.Destacam-se como artistas modernistas: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsilla do Amaral e Ismael Nery.Para valorizar a arte modernista, embora reúnam obras de vários períodos, dois museus são criados nesta época: o MASP ( Museu de Arte Moderna de São Paulo), criado pelo empresário Assis Chateaubriand e o MAM-RJ ( Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro).

O Concretismo ( décadas de 1950 e 1960 )Movimento de arte abstrata marcado pelo uso de figuras geométricas e pela elaboração baseada no raciocínio. Esse movimento artístico foi criado pelo grupo paulista Ruptura, formado pelos artistas Haroldo de Campos, Geraldo de Barros e Valdemar Cordeiro.No Rio de Janeiro, surge o grupo Frente que contesta a arte concreta e inicia o neoconcretismo. Aproximando-se da pop art e da arte cinética, elaboram obras de arte valorizando a luz, o espaço e os símbolos. São deste período: Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica e Ivan Serpa.

O informalismo e a arte abstrata (1960 a 1970)Nesta fase, a arte abstrata passa a ser marcada pelo informalismo lírico e gestual. Os meios de comunicação fornecem os temas para a produção de obras de arte politicamente engajadas.Destacam-se os seguintes artistas: Tomie Ohtake, Manabu Mabe, Arcângelo Ianelli e Maria Bonomi.

Década de 1970 : tecnologias e arteNesta época novos sistemas e meios são utilizados nas obras de arte. A instalação (utilização de tecnologia para promover uma interação entre obra e espectador), o grafite (pinturas em spray em locais públicos), a arte postal ( uso dos meios postais para criação de obras de arte) e a performance (uso de teatro ou dança em conjunto com as obras).Destacam-se nesta época: Sirón Franco, Antonio Lizárraga, Luiz Paulo Baravelli, Cláudio Tozzi, Takashi Fukushima, Alex Vallauri, Regina Silveira, Evandro Jardim, Mira Schendel e José Roberto Aguilar.

Neo-Expressionismo (década de 1980)Na década de oitenta a arte resgata os meios artísticos tradicionais, embora haja, ao mesmo tempo, o fortalecimento da arte conceitual e do abstracionismo. Meios tecnológicos interferem, tornando possível o surgimento da videoarte. Relações entre o espaço público e a obra de arte possibilitam uma intervenção urbana, dando origem à arte pública.Importantes artistas neo-expressionistas: Guto Lacaz, Cildo Meireles, Tunga, Carmela Gross, Dudi Maia Rosa, Rafael França, Ivald Granato, Marcelo Nitsche, Mário Ramiro, Hudnilson Junior, Daniel Senise e Alex Flemming.

Pós-modernismo ( década de 1990 )As discussões sobre a história da arte e os conceitos artísticos ganham importância e influenciam este período. Uso de tecnologias, desconstrução da arte, aproximações da arte e do mundo real, globalização da arte. Estes foram os caminhos da arte na década de 1990.Artistas desta época : Leda Catunda, Sandra Kogut, Laurita Sales, Iran do Espírito Santo, Rosângela Rennó, Jac Leirner, Hélio Vinci, Aprígio, Ana Amália, Marcos Benjamin Coelho, Cláudio Mubarac, Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Luis Hermano e Alex Cerveny.
Fonte de Pesquisa:

Neoclassicismo, Ecletismo e o Expressionismo nas Artes Plásticas

Auto-retrato de Debret ( escultor comprometido com o ideal do neoclassicismo )

O Neoclassicismo (século XIX)D. João VI ao chegar ao Brasil em 1808 efetuou mudanças no cenário cultural da colônia. Em 1816, trouxe para o Brasil, pintores e escultores comprometidos com o ideal do neoclassicismo. Destacavam-se na missão artística francesa: Nicolas-Antoine Taunay, Félix-Émile Taunay, Jean-Baptiste Debret, Auguste Taunay e Le Breton (chefe da missão). Estes artistas buscaram retratar o cotidiano da colônia de uma forma romântica, idealizando a figura do índio e ressaltando o nacionalismo e as paisagens naturais.
O Ecletismo nas artes plásticas (1870 a 1922)Período marcado pesa fusão de estilos artísticos europeus como, por exemplo, o
impressionismo, o simbolismo, o naturalismo e o romantismo. Fazem parte desta época: Eliseu Visconti, Almeida Júnior e Hélios Seelinger.
O
Expressionismo (início do século XX)Dois artistas expressionistas se destacam neste período: Lasar Segall e Anita Malfatti.O primeiro, ao realizar sua primeira exposição em São Paulo, mostra sua pintura cheia de cores tropicais e repleta de cenas da realidade do Brasil.Anita Malfatti choca a sociedade tradicional com suas obras expressionistas como, por exemplo, O homem Amarelo e O Japonês.

Fonte de Pesquisa:

O Barroco e o Rococó (séculos XVI ao XIX)

Período que se destaca as esculturas e decoração de igrejas com características religiosas. Destacam-se neste período os seguintes artistas: frei Agostinho da Piedade, Agostinho de Jesus, Domingos da Conceição da Silva e frei Agostinho do Pilar.No auge do século do ouro, as igrejas são decoradas para mostrar o poder da Igreja. A utilização de curvas e espirais prevalecem nas obras deste período. Os artistas utilizam muito matérias-primas típicas do Brasil, tais como: pedra-sabão e madeira. O artista que mais se destacou nesta época foi Aleijadinho.


Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, nasceu por volta de 1730 na cidade de Vila Rica. Pode ser considerado um dos mais importantes artistas da História do Brasil. Em pleno ciclo do ouro (século XVIII), encantou a sociedade colonial com suas esculturas e obras de arquitetura. Nem mesmo a doença, que foi lhe tirando os movimentos do corpo aos poucos, impossibilitou o trabalho do gênio do Barroco Mineiro. Os doze profetas é considerada sua obra mais conhecida e representativa. Para aqueles que querem conhecer um pouco mais sobre Aleijadinho, vale a pena fazer uma viagem para as cidades históricas mineiras.
Algumas Obras de Aleijadinho

A Igreja de São Francisco de Assis, localizada em Ouro Preto, Minas Gerais, é considerada uma das obras-primas do barroco brasileiro, além de ser uma das maiores realizações de Aleijadinho (1730-1814).

A Última Ceia (aspecto geral), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.

Cristo: A Última Ceia (detalhe), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.

Fonte de Pesquisa:

Artes Plásticas no início da colonização (séculos XV e XVI )

Junto com os portugueses, chegam ao país influências artísticas renascentistas e do começo da fase barroca. Na época em que os holandeses invadiram o nordeste brasileiro e lá permaneceram (de1630 a 1654), muitos artistas retratam a paisagem, os índios, os animais, as flores e o cotidiano do Nordeste. Na época do governo de Mauricio de Nassau, chegam ao Brasil muitos pintores, entre eles o paisagista Frans Post. Este artista holandês usa técnicas de luz e cor típicas da pintura holandesa e retrata desta forma os cenários do nordeste do Brasil, no século XVII.
Frans Janszoon Post , nascido em Haarlen, Holanda (1612-1680), foi pintor, desenhista e gravador. Tinha 24 anos quando chegou ao Brasil, contratado por Nassau. Permanece no Recife entre 1637 e 1644. Desenvolve intensa atividade documentarista. Era irmão do arquiteto Pieter Post. Sua principal tarefa era nas novas terras do foi documentar edifícios, portos e fortificações. Destacou-se entre os pintores de Nassau: é considerado o primeiro paisagista a trabalhar nas Américas.

Foi autor de cerca de 150 obras, costumava pintar pequenas figuras para funcionar como pontos de atração nos quadros e deixa-los mais interessantes. Vários museus do mundo mantêm em seus acervos obras de sua autoria, no Brasil podemos ver a sua obra no MASP, em São Paulo e MNBA no Rio de Janeiro.
Algumas obras do artista plástico Frans Janszoon Post
Igreja e Mosteiro de Igarassú, Pernambuco, Brasil


Moinho de Açucar ( 1661 )


Ruínas nos arredores de Olinda, Pernambuco, Brasil ( 1660 )

Vista de Olinda, Pernambuco, Brasil
Fonte de pesquisa:
Texto:
Pinturas:

Arte na Pré-História - Arte Rupestre - Arte Primitiva


Há milhares de anos os povos antigos já se manifestavam artisticamente. Embora ainda não conhecessem a escrita, eles eram capazes de produzir obras de arte.
O homem pré-histórico era capaz de se expressar artisticamente através dos desenhos que fazia nas paredes de suas cavernas. Suas pinturas mostravam os animais e pessoas do período em que vivia, além de cenas de seu cotidiano. Expressava-se também através de suas esculturas em madeira, osso e pedra. O estudo desta forma de expressão contribui com os conhecimentos que os cientistas têm a respeito do dia a dia dos povos antigos.Além da arte pré-histórica vista no parágrafo acima, há um outro tipo de arte primitiva: a realizada pelos índios e outros povos que habitavam a América antes da chegada de Cristóvão Colombo. Os povos: maias, astecas e incas são representantes da arte pré-colombiana. A história destes povos é contada através de sua arte (pinturas, esculturas e templos grandiosos, construídos com pedras ou materiais preciosos). Nos dias de hoje também é possível encontrar arte primitiva; alguns exemplos são as máscaras para rituais, esculturas e pinturas que são feitas pelos negros africanos. Há ainda a arte primitiva entre os nativos da Oceania e também entre os índios americanos, que fazem objetos de arte primitiva muito apreciados entre os povos atuais.



Foto de uma pintura rupestre: a arte na pré-história


Artes Plásticas na Pré-História ( de 15.000 a 3.000 A.C.)



As pinturas rupestres (em paredes de cavernas) mais antigas do Brasil foram encontradas na Serra da Capivara, no estado do Piauí. Na época entre 5000 a.C e 1100, povos da Amazônia fabricaram objetos de enfeites e de cerâmica Destacam-se os vasos de cerâmica da ilha de Marajó e do rio Tapajós. A arte plumária (com penas de pássaros) feitas por índios e a pintura corporal, usando tintas derivadas da natureza, representam importantes exemplos da arte indígena.


Matéria pesquisada no site: